O Laboratório de Preservação de Acervo Litológico do Museu de Geociências do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo foi idealizado a partir de 2010. Após trabalhos de prospecção de verbas, espaço físico e recursos humanos, em 2015 começa seu funcionamento e operacionalização. 

 

       Primeiramente idealizada para ser um espaço seguro de acondicionamento de coleções científicas de rochas, a Litoteca do IGc / USP foi criada como arquivo de rochas (Lito – pedra e  Teca – noção de coleção ou local de armazenamento).

 

Assim, a produção científica do corpo técnico do IGc resultante em relevantes coleções científicas integrariam o acervo da Litoteca encontrando ali segurança e acessibilidade.

Laboratório de Preservação de Acervo Litológico - Museu de Geociências IGc/USP
Museu de Geociências

 

        Ao longo de 6 anos de funcionamento, adotaram-se ações e metodologia de gestão de acervo baseadas e vinculadas às políticas de curadoria de instituições museológicas, o que motivou a mudança de denominação, de Litoteca para LitoLab – Laboratório de Preservação de Acervo Litológico, ligado ao Museu de Geociências. 

 

        Transformar-se de arquivo de rochas para laboratório de preservação trouxe a necessidade de acrescentar, além das informações técnicas geológicas referentes às amostras, informações contextuais sobre as coleções, como a história de doadores, autores e pesquisadores, com objetivo de contextualizar as pesquisas científicas.

 

       

          A metodologia de relacionar contextos pessoais dos pesquisadores aos saberes científicos geológicos das coleções de seu acervo rendeu frutos ao LitoLab, e nosso acervo passou a contar com:

  • o acervo documental e fotográfico do CEPEGE (Centro Paulista de Estudos Geológicos);
  • com o acervo de objetos pessoais, documentos, amostras e fotografias de professores fundamentais para a história da Geologia na USP pertencente ao Museu de Geociências IGc / USP;
  • bem como o acervo de fotos institucionais, pertencente a diversos setores, seções, assistências e diretoria foi confiado a nossas práticas de gestão.

 

Palacete da Alameda Glete
Alunos de Geologia USP participam de passeata pela Anistia, em 1979, em frente ao Teatro Municipal em São Paulo.

     

      A coleção do CEPEGE conta com documentos e fotografias desde sua criação, em 1957.


      Encontros, trabalhos de campo, jogos, passeatas, viagens, aulas, congressos, greves, homenagens e momentos cotidianos fazem parte de um rico acervo fotográfico que conta com 6 décadas de registros dos alunos de Geologia.


      O acervo conta ainda com documentos pessoais dos estudantes, que inclusive auxiliaram no processo de diplomação dos alunos Alexandre Vanucchi Leme e Ronaldo Mouth Queiroz em 2023, 50 anos após suas mortes. 

 

      O ensino das Geociências em São Paulo iniciou-se em 1934, com uma delegação de pesquisadores e professores que chamamos de “os pioneiros”. A cronologia fotográfica institucional do IGc inicia-se nessa data. 

 

      O acervo institucional do IGc ganha maior volume a partir de 1969, com o início de fotografias dos alunos e da sede provisória do IGc no campus nos chamados “barracões”, a partir de 1969.

 

       Aulas, trabalhos de campo, comemorações, trotes, inaugurações, congressos, greves, homenagens, cotidiano, exposições, defesas, posses e eventos compõem as coleções fotográficas que registram a história das Geociências no Instituto ao longo dos últimos 90 anos.

Primeira turma de geólogos, 1960.
Docentes do IGc USP

 

       O acervo de itens pessoais, objetos, cadernetas de campo, amostras, livros, documentos, fotografias, slides e publicações pertencentes aos docentes ilustres do IGc inicia-se por volta da década de 40, com contribuições de professores como Setembrino Petri e José Moacyr Vianna Coutinho.

 

       Cada professor é homenageado com uma coleção em seu nome, composta por itens fornecidos tanto pela Instituição, como pela família, amigos, alunos e colegas de trabalho.