• Preservar a memória institucional

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O interesse pelos arquivos pessoais como fontes de pesquisa para a escrita da história e preservação da memória decorre do fato de a “escrita de si” ali preservada em suportes variados (cartas, diários, textos autobiográficos, dentro outros) revelar muito sobre o contexto histórico social das personalidades e não apenas do indivíduo em si.

O “Projeto Memória” atualmente conta com fundos de memória de professores do Instituto, além de uma rica e ampla documentação referente à memória institucional do IGc/USP. Este acervo dispõe de aproximadamente 12 mil fotos de alunos, funcionários, professores, eventos, construções, aulas, campos e viagens, pessoais e institucionais que percorrem os últimos 100 anos de história das geociências.

Reunião na ESALQ, Piracicaba, em 01/06/1976. Identificados na foto: 
Paiva, Josué, Abrahão, Soares de Mello, Eurypedes, Schahim, Reynaldo, Cruz, Ernesto, Senise, Cândido.

Reunião na ESALQ, Piracicaba, ano de 1998. Identificados na foto, os professores:
Marcovitch, Helio, Celso, Melfi, Hernan, Adilson, Eugler, Imre, Massola.

O material pertencente ao “projeto memória” é de uma riqueza inestimável. Ao analisarmos os documentos, percorremos uma linha temporal abstrata que se inicia na juventude dos pesquisadores, em suas calorosas épocas de estudantes de geologia, e acompanhamos por meio de documentos, fotos, objetos e lembranças o transcorrer de parte da história do curso de geologia na USP (FFCL, Alameda Glete, construção do prédio atual do IGc); da política nacional e internacional (ditadura militar, comunismo russo, abertura democrática); da estruturação financeira e monetária brasileira (documentos detalhados de financiamento das pesquisas); da evolução tecnológica (equipamentos antigos, prazos de testes, envios internacionais, custos).

Na foto acima, inauguração do prédio no campus Butantã, em 11/03/1975. Em pé, da esquerda para direita:

Reynald Ellert
Nabor Ricardo Ruegg
Setembrino Petri
Osmal S Dias
Evaristo Ribeiro Filho
Kenitiro Suguio
André Davino
A P Bonbouv
José Moacyr Vianna Coutinho

Na foto abaixo, placa de inauguração do Instituto de Geociências. 

Primeira fase de construção concluída em 1975.

Anteriormente o curso encontrava-se provisoriamente sediado nos chamados “barracões”, sob o nome de Instituto de Geociências e Astronomia.

A construção da Cidade Universitária está prevista desde 1930, na concepção do projeto USP. Baseados no modelo alemão de universidade, o terreno da Fazenda Butantã foi reservado para a construção do campus, que teve início apenas em meados da década de 1950.